segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O que se viu ontem - e o que poderia acontecer daqui para frente

Logo após o jogo de ontem, Alexandre Kalil fez um forte pronunciamento. Algumas coisas de suas palavras eu não concordo! Falar que a semana foi mal trabalhada, com perda de concentração, foi uma grande asneira. Ou foi uma crítica direta ao técnico, ou foi um tiro no pé.
Na verdade, o que aconteceu ontem, foi problema de postura! Os jogadores ficaram com medo da reação da torcida do Cruzeiro, e entraram sem o menor comprometimento; no sentido de “se o cruzeiro cair, não fui eu o responsável”. E isso foi determinante para o resultado! Em resumo: se borraram todo! Por isso, acho até justo a maior parte do desabafo do Kalil. Afinal, o presidente segura o rojão o ano inteiro, e, em momentos excepcionais, como ontem, o rojão deve ser repassado. E no caso especificamente de ontem, ele deve ser repassado aos jogadores. Cuca armou bem o time. Não deu certo, é claro! Mas entrou com o melhor esquema tático que tinha em mãos. Diante da ausência de Neto Berola, ficamos sem nenhum poder ofensivo. Vocês queriam Mancini, ou Magno Alves no time? Mancini é uma vergonha como jogador, e Magno Alves simplesmente errou em todos os momentos decisivos. Portanto, achei acertada, embora tenha dado errado, colocar Carlos César no time. Após esta formação, também achei que Cuca mexeu certo no time, ao tirar Serginho, que estava péssimo e fez a falta que originou o segundo gol, e colocar Magno Alves. Aí sim ele tinha que entrar, pois já estava 2 x 0 e não havia mais nenhum atacante no elenco (desconsidero Cambalhota). Claro, Magno Alves não decepcionou no quesito inefetividade.
Bom, o que importa é comentar o que se viu ontem. E o que se viu foi uma total falta de amor à camisa e comprometimento com a torcida – e não esta bobagem de “cartas marcadas”. Esta estória de jogadores comprados é um insulto a quem conhece nosso amor, ou nossa história. Quem fala isso não se lembra de 2007, quando fomos ao Parque Antarctica, e ganhamos do Palmeiras por 3x1, mesmo que isso colocasse o cruzeiro na Libertadores. O mais inusitado nisto tudo é que ontem eu fui pro jogo totalmente relaxado, morrendo e rir de tudo. Se as Marias caíssem, fantástico. Se ganhassem do Galo, e permanecerem; tudo bem também. Afinal, elas de qualquer jeito ficariam atrás da gente. Hoje eu penso o quanto eu fui otário, porque jamais  passou pela minha cabeça que poderíamos de alguma forma sermos humilhados. Não ontem!
Mas fomos! Agora basta juntar os cacos e construir algo de positivo. O único problema é que Kalil não entende de futebol. Nosso destino está nas mãos de uma pessoa, que, embora bem-intencionada, não sabe o que faz! E por que eu defendo o Kalil? Primeiro porque não conheço ninguém no Atlético que poderia fazer melhor. Estes dois candidatos aí me parecem fraquíssimos! Segundo que, para consertar 20 anos de baderna no Galo, precisa-se de, pelo menos 10! E acho que o jeito tosco do Kalil é ideal para tocar administrativamente o clube. O que falta é direcionamento em termos futebolísticos. É aí que entram um programa de Sócio Torcedor com direito a voto e a necessidade de autonomia para profissionais – um Conselho, por exemplo - que entendem do assunto (pois Maluf aparenta apenas um cumpridor de ordens do Kalil). Caso Maluf tenha tido autonomia, mostrou-se que não entende nada de futebol. No cruzeiro, acredito que ele era também um cumpridor de ordens do Zezé, este sim um réptil sagaz! Voltando ao Conselho, este faria a gestão do futebol, e teria profissionais contratados para implantar diretrizes sólidas para o gerenciamento das divisões de base, e profissional. Um dos principais efeitos é retirar a autonomia excessiva de contratação de profissionais das mãos dos técnicos, de forma que as decisões sobre contratar, ou não, seria deste Conselho, baseado numa análise custo-benefício de jogadores. Desta forma, evitaria casos, como Patric, André, Dudu Cearense e Guilherme; que o Galo gastou milhões e depois que Dorival foi embora, foi o clube que ficou com a dívida e o espólio de jogadores. Não foi feito aí uma análise custo-benefício sobre a vinda dos mesmos. Ao técnico seria pedido uma lista de 3 nomes para cada posição, mais a escolha de um único jogador-chave para o time, fundamental no seu esquema tático. Aí sim seria uma gerência estruturada, que não teria que ser reformulada a cada troca de técnico.  
Quanto ao programa Sócio Torcedor com direito a voto, além de trazer um retorno financeiro enorme ao Atlético, com investimentos na Base (o que por si só facilita em muito as opções a serem tomadas, diante de grandes jogadores a serem revelados), teria 1 ou 2 assentos no referido Conselho.

2 comentários:

  1. George Oliveira (Dedé)9 de dezembro de 2011 às 11:05

    Exato, Fabi. Me faltava a explicação do porque foi tão chato tomar aquela goleda, e a explicação é exatamente a sua: era um dia q era nosso! Se ganhássemos, rebaixaríamos o Cruzeiro. Se perdêssemos, tudo bem também! Ele estariam atrás de nós e passaram um aperto no campeonato. E tudo isso acabou se tornando em um dia deles, ou seja, a vergonha foi dobrada! E concordo com tudo o que disse sobre o Kalil nessa e nas outras crônicas. Tenho dito isso para algumas pessoas: nos últimos 20 anos, como clube, o galo nunca esteve melhor. E não vejo ninguém melhor que ele para continuar com isso.

    Abraço!

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  2. Faala Dedé! Que bom q concorda! rererere... Espero vê-lo mais vezes por aqui.....

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