terça-feira, 6 de novembro de 2012

O que detonou o Galo??


Escrevo este texto arrastando os dedos pelos teclados. Embora minha experiência atleticana, bastante insegura, já venha me assombrando há tempos, o espírito daquele que manda o vento e o resto do mundo pra puta-quil-paril conservou esperança neste título! Claro, não preciso dizer que o vento engoliu minha esperança sem dó, nem piedade!

Como eu sempre temia, e isso também faz parte de meu espírito atleticano – velho e calejado -, o Galo não teve força para ser campeão. Essa força, que viria do banco de reservas, foi mal dimensionada pelo Cuca e, acreditando que era suficiente, mostrou-se inexistente.

Dentre os fatores que justificam essa decepção, ordeno, em ordem de interferência, os principais fatores:

1 – Favorecimento exacerbado ao Florminense, ou seja, a famosa CBFlu;

2 – Fraqueza do elenco, que está concentrado em apenas 1 jogador: Ronaldinho Gaúcho;

3 – Sorte de campeão.

Sei que esta ordem pode parecer choradeira, e concordo com muitos que pensam nos vários jogos que vacilamos. Vamos lá: Bahia, Atletico-go, Marias, Ponte Preta, Bahia de novo, Portuguesa, Flamengo e Coritiba. Quantos jogos destes desperdiçamos gols feitos, ou estávamos ganhando e cedemos no final o empate? Quantos jogos efetivamente nosso banco de reservas entrou e mudou o resultado? Pelo que me consta foram 3: Figueirense e Botafogo, no 1º turno e Sport, no 2°. Pouco, muito pouco! Resta concluir a inutilidade de nosso banco, e considerando que, se os caras não jogam em um time arrumado, e nem correspondem quando o time mais precisa, só nos resta exigir o adeus de alguns deles, dentre os quais Guilherme, Escudero e Berola.

Porém, sob o descrito acima, temos que questionar algumas coisas:

- É possível um time ser 100% equilibrado em todo o campeonato?

Definitivamente não! Ao mesmo tempo em que não podemos ser complacentes com os reiterados vacilos, não podemos ser rigorosos ao ponto de não tolerar erros.

Tivesse o Florminense não ter sido ajudado, ele teria perdido pontos certamente contra Figueirense, Vasco, Náutico, Botafogo, Bahia e Ponte Preta. Ou seja, o Flu também vacilou, mas foi coincidentemente favorecido na maioria deles. Caso contrário, teria o mesmo ou menos pontos que nós!

- É possível o time superar seus defeitos, a ponto de buscar a vitória, quando o juiz está visivelmente te prejudicando?

Nem sempre! Uma vez que o Galo está sendo minado cirurgicamente, jogo a jogo, tanto dentro de campo, quanto nos órgãos reguladores, é coerente cobrar motivação e superação acima do possível de seus jogadores, num campeonato tão longo?

Essa motivação seria tamanha que superasse, por tantos jogos, suas limitações?

Fosse o Florminense o prejudicado, será que seus jogadores reagiriam melhor que os do Atlético?

Dito isso, conclui-se que nem o Galo foi tão mal, nem o Fluminense foi tão bem! De qualquer maneira, não há como cobrar dos jogadores atleticanos a mesma determinação e força de vontade de um time que sabe que a vitória vai cair do céu, vinda de apito! Enquanto um time vai murchando, o outro vai se enchendo de autoconfiança!

Não podemos também deixar de reconhecer a eficácia de seu centroavante! Caso Jô fosse certeiro, no nível do Fred, talvez não estaríamos chorando neste momento, mesmo com o apito amigo!

Realmente não há como saber se o que detonou o Galo foi a fraqueza do elenco ou as polêmicas arbitragens. A única coisa de concreto a dizer é que o plantel não foi forte para superar todas as adversidades, e por isso a necessidade de alterações. Aliás, claramente vislumbramos deficiências, pois o time está totalmente dependente do Ronaldinho, e o ataque deve ser bem reforçado.

Por ultimo, faltou a sorte de campeão!

Enquanto carimbávamos a trave 2 vezes contra o Flamerda, o Flu, aos trancos e barrancos, venceu esse time. Foi assim o campeonato todo! Quanto a isso, não há o que fazer, e só nos resta lamentar!

Agora, é terminar o ano humilhando as Marias e garantindo a Libertas. Ano que vem, anseio por um elenco forte, com jogadores de personalidade. Rezo por um título expressivo, e isso implica necessariamente uma GUILHOTINA nos mandatários do STJD, e CBF.

Literalmente!

Assim como o vento: sem dó, nem piedade!