quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Grande Mal do Galo

Estamos há 20 anos em crise! Uma crise que gerou muitas mágoas, humilhações e vergonha. Algumas poucas alegrias. Mas não é esta crise o grande mal do Galo! Com exceção do São Paulo, todo grande clube do Brasil passou por extensos períodos de vacas magras, como descrevo abaixo. O grande mal do Galo foi a ausência de títulos importantes, principalmente entre 77 e 91. Neste período poderíamos ter ganho ao menos 7 campeonatos brasileiros. Esta carência de títulos atualmente coloca o Atlético num patamar abaixo de quase todos os grandes times do Brasil. A única coisa que o sustenta como grande é o imenso amor da sua extensa torcida. Um amor que, como já afirmei aqui, temo um dia acabar, caso os títulos não cheguem.

Para corroborar minha teoria, vamos aos fatos: O Corinthians ficou 23 anos sem título de expressão (1954 – 1977); o Palmeiras, 17 (1976-1993); o Santos, diversas vezes, 1912 – 1955, 1970 – 2002 (com exceção de 1 paulista e 1 conmebol); o Botafogo, 21 (1968 – 1989); o Inter  13 (1979 – 1992); só para dar alguns exemplos. Mas o que os diferenciam do Galo é que na época que eles tiveram time, todos eles ganharam títulos importantes. Já o Atlético, a despeito da roubalheira generalizada que havia nesta época, não conquistou nenhum! Eu disse NENHUM! Fomos roubados? Sim. Fomos prejudicados pelo destino? Sim. Mas isso não é desculpa para falharmos em todos os campeonatos nacionais que disputamos.

Vamos aos detalhes:
1977 – O time estava invicto. Mas jogávamos em casa e na decisão de pênalti João Leite pegou os dois primeiros. E não é que perdemos para um adversário inferior?
1985 – O time era muito bom, mas empatamos em casa por 0 x 0 com o razoável time do Coritiba, na semi-final
1986 – Tínhamos um timasso, havíamos eliminado o Flamengo e o Cruzeiro, e mais uma vez perdemos para um time de média tradição. O Guarani tinha Ricardo Rocha, Evair, João Paulo e Boiadeiro, mas o Galo vinha de Nelinho, Luisinho, Elzo, Paulo Isidoro, Zenon, Sérgio Araújo e Renato Morungaba. Fizemos 1 a 0, mas deixamos o Guarani virar o jogo. De novo brochamos em um momento decisivo
1987 – Este não dá pra reclamar! Estávamos invictos com 10 vitórias e 5 empates. Na semi-final pegamos o Flamengo, um excelente time que já havíamos ganhado no brasileiro, mas perdemos as duas partidas.
1990 – Fomos eliminados pelo Corinthians. Estávamos ganhando de 1 x 0 lá, e deixamos Neto virar o jogo a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Depois, amargamos um 0 x 0 no Mineirão transbordando de gente.
1991 – Dividíamos o melhor time do Brasileiro com o São Paulo. Tudo bem, fomos prejudicados, pois no gol, Mário Tilico estava visivelmente impedido. Mas isso não é desculpa para não ganharmos o jogo diante de 107 mil pagantes.
1996 – Incompetência total! Perdemos para Portuguesa, que havia se classificado em último lugar. O segundo jogo foi em casa, e não passamos de um empate em 2 x 2. Engraçado, este filme não já havia passado várias vezes?
2001 – Sem comentários! Perdemos para o São Caetano, e nosso time tinha os 11 jogadores com passagem pela Seleção!
2009 – Pela milésima vez abrimos a perna para o Flamengo. Com Mineirão lotado, Celso Roth resolve retrancar nosso time. Tira Márcio Araújo e coloca Renan Juruna em seu lugar. Tomamos gol olímpico e tudo mais. No fim, decepcionamos da pior forma possível: perdemos as 5 últimas partidas e, o que poderia ser um ano de alegria, virou sofrimento.

Já em termos de Copa do Brasil sempre fomos um fiasco. Atuamos sempre como time da bilionésima divisão em todos os anos, uma vez que fomos eliminados por Goiás, Criciúma, Santo André, Bahia, e Brasiliense, dentre outros. Isto demonstra em primeiro lugar uma falta de planejamento absurda, sempre montando times no decorrer do ano. Em segundo, indica que faltaram aqui jogadores vencedores, verdadeiros leões, que jamais entregariam um título sem que deles tirassem sangue. Claro, no sentido figurado, e não sendo desonesto como geralmente são os argentinos. Por isso é que eu sempre fui fã de carteirinha do Guilherme Pança, pois desde Reinaldo não se tinha no Atlético aquele jogador que batia a mão no peito e falava: “Joga em mim, que eu decido!” Este foi o maior legado daquele jogador. Pena que não deixou uma semente na mentalidade dos dirigentes.

2 comentários:

  1. Narrativa resumida e imparcial da história do galo.

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  2. Ce tá gostando, ne, Jukao??? Fica falando merda q eu vou chamar a Galoucura pra bater um papo com vc!

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